Propaganda da Coca-Cola em Luanda com "Frescura" no lugar de gelado. E o sexo oral, você pratica?
Não podemos mais nos encontrar nos MSNs e Google Talks da vida que a Ju já vai dizendo:
-- Xuxis, tás em que altura?
Uma pergunta dessa não faz o menor sentindo para um brasileiro que nunca tenha conversado dois minutos com um português ou com um angolano. Na primeira vez, fica-se "boiando" mesmo, ou melhor, "sem perceber" (outra pérola!). Geralmente a resposta é: "no quarto andar do meu prédio".
Já a Branquela, sai-se sempre com essa, quando comenta-se qualquer coisa sobre ela, "nomeadamente" sobre os seus vestidinhos diáfanos: "Tás a me aldrabar". Meu Deus, como é difícil pronunciar esse verbo! Eu nunca consegui.
"Meter" é outra expressão absurdamente horrorosa, que faz corar o mais hypado dos clubbers da envergadura do Zé Kalango.
Hoje mesmo, li num jornal daqui uma expressão muito recorrente na nossa velha redação da Rey Katyavala: "toda a gente". Fez-me lembrar um episódio hilário, vivido por este datilógrafo num restaurante de Lisboa. Um grupo de seis brasileiros, falando alto como se estivesse em casa, sai-se com essa:
--Vamos todo mundo para a Alfama?
E o garçom, uma criatura bem abusada, certo de que "ao pé de si" estava todo o império português e a cartilha que ensinou o beabá a Eça de Queiroz, deu-nos uma lição:
-- Esses brasileiros são muito "giro" (já me imagino uma carrapeta): seis pessoas numa mesa e tratam-se por "todo mundo"!
Ahahaha. Era para ter dido "toda a gente" mesmo, mas não sabemos fazer isso.
Voltando ao vídeo, a melhor coisa é quando a apresentadora chama os alunos da "Universidade de Dúvidas e Omissões" de Luanda para ajudá-la a reponder sobre esse tema muito "giro":
-- O sexo oral, você pratica? (percebe-se aí a influência totally brasileira, pois não?)
Se depender as propagandas de gasosa e sorvete que vimos por aí... a questão está respondida.
4 comentários:
kkkk tem duas expressões aqui que eu adoro:
- Tá tudo?
_ Ta tudo!
Ainda?
Ainda!
kkkkkk
bj
Eu lembro de um diálogo que valeria um post (se eu fizesse posts sobre diálogos).
— passa-me a lapiseira
— ã?
— naopercebi
— ã?
— naopercebi
— ã?
— naopercebi
— ã?
— naopercebi
— ah, a canaeta?
— naopercebi
— ã?
— naopercebi
— ã?
— naopercebi
— ã?
— naopercebi
— ã?
— naopercebi
— toma a caneta!
sabe que várias vezes eu me pego falando naoprcbi quando nao entendo algo? nao valapena
Sem falar no coiso, sobre o qual a P. escreveu no ano passado...http://casadeluanda.blogspot.com/2008/05/dilogos-roubados-com-vocs-o-coiso.html
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