terça-feira, 10 de agosto de 2010

Invasão Financeira Brasileira em África

Esta notícia Saiu na Folha de São Paulo. Quem sabe não arranjamos um emprego de caixa de um desses dois bancos e vamos ser atendentes ali na rua Rey Katyavala, nas proximidades da Nilo, no Zé Pirão?


BB e Bradesco compram banco português na África
Instituições adquirem parte do BES, que atua em países como Líbia e Angola

Bradesco afirma que instituições brasileiras pretendem aplicar na África a sua experiência com bancarização

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

O Banco do Brasil e o Bradesco decidiram fazer uma aliança para iniciar atividades na África, região considerada estratégica para a diplomacia brasileira. O objetivo, segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), é estreitar o relacionamento comercial e dar suporte aos negócios de empresas brasileiras na região.
Para chegar à África, os dois bancos optaram por comprar parte das operações do português BES (Banco Espírito Santo), antigo parceiro do Bradesco e que está presente em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Líbia, Marrocos e Argélia. O BES tem 4,1% no Bradesco, que soma 6% do banco português.
Na África, os três bancos constituirão uma "holding" financeira, que controlará a rede de agências de varejo e o suporte ao comércio exterior e aos negócios de empresas brasileiras na região.
A "holding" atuará como plataforma para prospectar a compra de participações e fazer eventuais aquisições de bancos no continente. O desafio do grupo é entrar na África do Sul, um dos países de maior crescimento.

BANCARIZAÇÃO
Segundo o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, os bancos brasileiros pretendem aplicar sua experiência de bancarização no continente africano, onde os bancos locais só chegam a 15% da população.
"A África é a última fronteira de desenvolvimento do mundo. O continente está encontrando o seu caminho. Este salto é inevitável, é questão temporal."
O valor do negócio e a definição das participações de cada banco na nova empresa dependem de estudos de viabilidade técnica e jurídica. A expectativa é que o modelo saia entre 60 e 90 dias, segundo o diretor internacional do BB, Alan Toledo.

BANDEIRAS LOCAIS
O presidente do BES, Ricardo Salgado, afirmou que o banco português, que atua há quase cem anos na África, será majoritário. A proposta negociada é que os bancos trabalhem com parceiros locais e mantenham as operações com marcas dos bancos conhecidos dos africanos.
"Gostaria muito que não voltássemos ao espírito nacionalista da questão. Esse projeto, para ser vencedor, precisa utilizar a bandeira de cada país onde estiver instalado. Se pudermos ter parceiros locais, como temos em Moçambique e Angola, será magnífico", disse Salgado.
O BES abriu recentemente uma sede em Cabo Verde e tem cerca de 30 agências em Angola e outras 20 na Líbia. Em Moçambique, o BES fez uma parceria com o Moza Banco e, na Argélia, com o Banque Extérieure d'Algérie na área de leasing.

Anda tão desabitadazinha a nossa Casa, não é?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Meu amor por São Paulo

Todos que me conhecem, especialmente os amigos que fiz e com quem morei em Luanda, sabem que minha sina é morar longe, muito longe. Hoje, estou num extremo do Brasil, completamente morto de saudades das duas São Paulo - a de Luanda e a de Piratininga. Um inferno viver assim.
Ontem a revista Wallpaper divulgou o vídeo abaixo, que compartilho com os leitores da Casa. Trata-se de uma excelente radiografia da São Paulo brasileira, onde vivi por 8 anos até me mudar para a outra, onde vivi por apenas seis meses, que valeram pelos oito, talvez...
Quem, de Angola ou de outro país nunca veio ao Brasil, ou a São Paulo, não sabe o que está perdendo. É um lugar fantástico.

PS: Sim, Migas, graças a Deus a capital do teu país não se chama São Paulo de Lisboa, senão eu estaria fo-**-do.

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