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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Na galeria das saudades

Já que o blog anda meio nostálgico esses dias, vou postar duas fotos de Luanda, mas precisamente da Av. dos Combatentes.

Recebi essas fotos por e-mail e não sei quem foi o autor. Caso o mesmo se identifique terei o maior prazer em colocar os créditos.

Como dizem por ai: uma imagem vale mais do que mil palavras, então deixo de lero lero e envio as imagens...


Av. dos Combatentes, meados dos anos 70


A mesma Av. dos Combatentes nos dias de hoje...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Só mesmo Luanda pra fazer o F. vestir este modelito...


A tarefa parecia simples: ir até o Ministério das Finanças pegar um documento. O F. me levou, porque é praticamente impossível estacionar por ali.

Na entrada, o segurança me barra:
-Moça, tem que meter o cachecol!
-Cachecol? Com esse calor?
-É, madrinha. Não se pode entrar de ombro de fora.
-Mas moço, só vou ali pegar um papel. E minha blusa é bem fechada, nem tem decote. Qual o problema do ombro de fora?
-Decote pode, mas ombro de fora não. Tem que meter o cachecol, madrinha...
-Mas eu não tenho cachecol! O senhor acha que eu vou andar de cachecol com esse calor?
-Então tem que voltar outro dia...

Já tínhamos perdido uma hora de trânsito pra chegar até lá. Voltar outro dia, nem pensar. Fui então atrás do F., que já estava dando a volta na quadra. "Fico no carro e ele entra", pensei eu.

Mas logo me dou conta que o F. está de... bermudas! Se não pode ombro de fora, perna também não deve poder, né? Olho pra blusa dele. Uma pólo surradinha...

Eu: -Hmmmm... E se eu vestisse a sua blusa? Não é muito fashion mas pelo menos cobre os ombros...
F.: -Tá, mas e aí como eu faço? Também não posso dirigir sem camisa.

Olhamos ao mesmo tempo para a minha blusinha... E é aí que surge, nas duas cabecinhas, o plano perfeito...

Eu proponho:
-E se...
F., captando a mensagem:
-Não, esquece. Não vou vestir sua blusa de alcinha.
Eu: -Mas já perdemos tanto tempo vindo até aqui... E além do mais ninguém vai te notar assim dentro do carro.
F.: -Sem chances. Vou tentar estacionar, te dou minha blusa e fico sem, esperando no carro.

Depois de 40 minutos tentando encontrar um vaga, sem sucesso, F. entrega os pontos:
-Dá logo essa blusa aí que eu vou vestir. O máximo que vai acontecer é o policial me multar por boiolice...

Visto a pólo surradinha, mas o F. se atrapalha todo com as alcinhas. O sinal vai abrir, ele tem que acelerar, mas a alcinha do ombro direito não passa no bracinho de nadador. F. força um pouquinho e... a alça arrebenta!

Fazer o quê? Encostamos no Ministério, eu subo as escadas de mármore rindo sozinha e a secretária não tira os olhos da minha blusa. Explico: -Não tinha cachecol, improvisei com a blusa do meu marido. E ela: -Ah... Achei que a senhora fosse alemã! Elas é que costumam se vestir assim! (vai entender...)

Em 5 minutos estou de volta e logo reconheço a Dorotéia parada no semáforo, com o F. em estado de graça com seu modelito tomara-que-caia!

Moral da história: Em Luanda, algo muito simples pode facilmente transformar-se numa grande aventura. E para que ela tenha final feliz é preciso muito bom humor e muito jogo de cintura! (e se possível um marido disposto a mudar de estilo!)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ser Angolano é...

Insultar a condutora que lhe faz sinais de luzes e um gesto com a mão significando “passe, passe”, quando já se está no meio da estrada. É que, sinais de luzes, utilizam os reis da estrada que dizem: hey mundo, eu uso sinais de luzes porque vou levar tudo à minha frente... qual aspirador, qual tractor.

E também...

Aproveitar o aceno da condutora, em sinal de agradecimento por ter dado aquela “vaguinha” na fila, para dizer um “olá tudo bem”... É que isto de se agradecer no trânsito não é normal e, se ela acenou, com certeza me achou fofo.

"Em Angola, sê angolana" mas, eu já não tenho pachorra para ir às aulas como-se-comportar-como-angolana...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Agora entendi porque o trânsito hoje estava tão bom...

"Governo decreta tolerância de ponto

Luanda - O Governo angolano decretou tolerância de ponto na quarta-feira, 3 de Setembro, último dia da campanha eleitoral para as legislativas de sexta-feira próxima.

O despacho divulgado pelo Governo, nos órgãos de Comunicação Social, estipula que a tolerância de ponto abrange todo o país, não contemplando os trabalhadores que laborem em regime de turno.

O Conselho de Ministros, entretanto, havia já decretado tolerância de ponto em todo o país no dia das eleições legislativas, 5 de Setembro.

Fonte: Angop"

Moço, será que dá pra decretar essa tolerância eternamente?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Enjoy!

Em Maio último, recebi um e-mail de um antigo Professor da Faculdade que dizia: Não foste tu que uma vez pensaste em fazer o mestrado em Itália? Pois pensei. Oh se pensei! Mas o rumo mudou e agora estou aqui. No mesmo e-mail, enviou-me um link muito engraçado. Claro está que, depois de ver os primeiros minutos só consegui concluir: Eh lá, mas eu já estou em Itália! Fica aqui o link para que possam perceber do que falo (sobretudo nas questões relativas ao trânsito).

http://tcc.itc.it/people/rocchi/fun/europe.html

Ao Prof. R.S., meu mestre: Digamos então, que ando em estágio, ok?

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Começo de um novo dia

O despertador toca às 5h. Moramos longe agora e para evitar o trânsito é preciso sair cedo. Pulo da cama, aperto o interruptor, não há energia elétrica. O gerador já foi comprado, mas o eletricista não terminou a instalação para que ele funcione. Sem eletricidade, não há electrobomba. Sem electrobomba, não há água para banhos, dentes…

A P. sugere banho numa academia da cidade. Não somos associados, mas é possível pagar uma aula avulsa. Por 10 dólares, dispensaremos a malhação e aproveitaremos os chuveiros.

Mochilas feitas, montamos na Doroteia e uma hora e meia depois chegamos à academia. As regras mudaram. Agora paga-se um pacote de 10 aulas a módicos 150 dólares. E eu só quero um banho.

A P., sempre ela, lança o plano C. Liga para a nossa irmã Flávia e consegue uma ducha free.

Enquanto a P. toma banho, tento me conectar à Internet para adiantar alguns e-mais, mas a Movinet não está a trabalhar. Ok, pra que pressa? Vou ter de ficar até as nove da noite no escritório para não pegar o trânsito.

De banho tomado, percebemos que são 8h e a P. não chegará a tempo na reunião dela se me levar ao trabalho. Ela segue com a Doroteia para a Baixa, eu vou a pé para o escritório, que é mais perto. Basta caminhar uns 10 minutos cruzando o parque entre a Sagrada Família e o Alvalade.

Ando algumas quadras na rua e chego ao portão do parque que alguma mente iluminada trancou com uma corrente. Não há maka. O que é um cadeado no meio do caminho num dia como esse? Pulo o portão.

No escritório, ninguém chegou. A porta da minha sala está trancada e não tenho a chave. Mas, vamos ver o lado positivo das coisas, vou aproveitar para tomar o café da manhã na pastelaria ao lado.

No caixa da pastelaria para o pré-pagamento, descubro que o Multicaixa não está a funcionar. Grande novidade. Pergunto os preços, faço as contas. Faltam-me 10 kwanzas. Posso trazer mais tarde? Venho aqui todas as tardes. Desculpa lá o amigo, mas o caixa é novo, não me conhece, não pode deixar assim.

Ok, volto já. Vou até o Multicaixa mais próximo, uns 50 metros abaixo, para retirar o dinheiro. Está quebrado. Há outro Multicaixa 100 metros adiante. Caminho até lá. O visor informa: “Procure o Multicaixa mais próximo”. Qual? Aquele que está quebrado?

Volto ao escritório sem mata-bicho. A faxineira já chegou, ela tem a chave da minha sala. Abre a porta, ligo o computador, a Internet do escritório também não funciona.

Tudo isso, antes da 9 da manhã.

Tem dias em que eu acho que Luanda preferia que eu fosse embora.

Tem dias em que eu tenho certeza.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Vias de facto

O trânsito ia congestionado nas imediações do Zé Pirão, até aí nenhuma novidade, quando percebi uma agitação do outro lado da avenida. Um pequeno acidente entre dois candongueiros. Pequeno mesmo, nem se notava qual era o amassado novo, entre os tantos outros que já criam barbas nas maltratadas carrinhas.

Mas eis que os dois motoristas e mais seus cobradores e mais alguns passageiros, ou desocupados que por ali estavam, abandonaram os bons modos e partiram para pancadaria mesmo. Ali, às 9h da manhã, em plena luz do dia.

No meio de tudo, um senhor polícia (da ordem pública, não do trânsito), tentava acabar com a briga, mas estava mais era a apanhar do que a conseguir conter os ânimos.

Discussões acaloradas por causa do trânsito eu já havia visto aos montes, mas o pau comendo mesmo (como se diz lá no Brasil), foi a primeira vez.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Aula de condução para brasileiros

Se você é brasileiro e quer dirigir em Luanda, já começo mesmo mal. Aqui você vai conduzir, não dirigir. E para conduzir em Luanda é preciso aprender algumas regras que não fazem parte dos manuais. Vamos aos exemplos:
  • O fato de não haver placa dizendo que algo é proibido não significa que seja permitido. Exemplo clássico: você vem conduzindo numa rua de duas mãos. Quer entrar numa travessa à sua esquerda. Não há placa nenhuma dizendo que você não pode entrar à esquerda. Você liga o pisca, entra e a polícia manda parar. Porque essa conversão pode ser proibida, mesmo sem ter placa. Na dúvida, faça a volta na quadra. Pode lhe custar meia hora, mas sai mais barato que a multa (ou que a gasosa).
  • Você foi parado e começa a argumentar com o indivíduo de quepe e luvas brancas: “Pô seo guarda, eu não sabia....” Começou mal. Bem mal mesmo. Guarda, aqui em Luanda, são aqueles seguranças que passam o dia a dormir na cadeira na frente das casas. O cidadão que vai pará-lo é um chefe de trânsito, ou simplesmente trânsito. Pode chamá-lo de “seo” trânsito, mas nunca de guarda. Eles não gostam nada de ser confundidos com os dorminhocos dos portões.
  • Se você pegar um congestionamento daqueles, não chegue ao trabalho dizendo que o trânsito estava mal, ou que tinha muito trânsito na cidade. Vão achar que você caiu num comando da polícia e um policial muito chato o parou e o segurou por horas conferindo os documentos. Como acabou de ser explicado, trânsito é o guarda. Aqui, o que fica mal mesmo é o tráfego.

Por hoje é só. Outro dia eu dou umas dicas de mecânica, com direito a jantes e tudo...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Efeito Dorotéia

Então eu passei quase três meses derretendo nas ruas de Luanda e achando que minha vida ia melhorar quando eu tivesse um carro. Em apenas uma semana na companhia de Dorotéia, já estou querendo voltar a andar a pé. Isso porque:
  1. O trânsito é muito ruim - mas muito mesmo - e esta semana eu cheguei atrasado ao trabalho pela primeira vez desde que moro em Luanda. Andando eu chegava mais rápido.
  2. Os motoristas em geral , não importa nacionalidade, são muito egoístas. Ninguém nunca dá passagem; todos tentam se enfiar nos lugares mais improváveis para cortar a frente dos outros.
  3. Estacionar próximo ao local em que você precisa ir é quase como ganhar a noite toda na roleta de um cassino em Las Vegas. Pode até acontecer, mas é muito improvável. E quando você volta ao carro, claro, alguém parou em fila dupla fechando a sua saída.
  4. A sinalização das ruas não é clara e uma das maneiras mais fáceis de ser parado pela polícia é entrar à esquerda numa rua comum onde, em tese, não seria permitido fazer a conversão. Para evitar isso, tento sempre fazer a volta na quadra, o que, por causa do trânsito, pode significar mais 40 minutos parado.

Diante de todos os fatos, muitas vezes me pego atrás do volante como todos os outros: impaciente, buzinando, sem dar passagem aos outros.

O problema é que, agora, já me apeguei a Dorotéia.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Lá vem a Dorotéia

Dorotéia é já uma senhora, avançada na idade, meio cansada da lida. Grande que chega a ser exagerada, anda pelas ruas rebolando ancas largas. Bebe um pouco, mas não exagera, e além disso é doce no trato.

Eu havia chegado a Luanda disposto a manter-me longe de tipos como ela, mas sucumbi. Desde ontem, Dorotéia entrou na nossa rotina. É ela quem vai nos proteger do poeirão do cacimbo, que já me plantou uma tosse irritante no peito.

Dorô, como já está sendo chamada pela P., não é angolana. É japonesa. Uma Nissan Patrol com mais de dez anos de uso, mas bem conservada, que vai nos ajudar a vencer as longas estradas angolanas.

domingo, 25 de maio de 2008

O Kuduro do Guarda

Este vídeo nos foi enviada pelo nossao leitor/colaborador Fernando Baião. Mostra um policial de trânsito em atuação num dos cruzamentos de Luanda.

Talvez o autor (que não é conhecido) tenha alterado a velocidade dos frames, mas posso assegurar que já vi alguns guardas cheios de trejeitos assim na cidade.

O Kuduro, pra quem ainda não sabe, é um dos estilos musicais mais populares em Luanda. A forma de dançá-lo lembra um pouco o estilo break do Michael Jackson no início dos nos 80.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Quem pode manda...

Rua Joaquim Kapango, 7h45, o trânsito todo parado em direção ao Largo das Ingombotas. Várias sirenes gritam ao fundo e duas mulheres conversam caminhando na calçada:

- Olha esse tráfego a esta hora!
- Está parado assim para o dono do país passar.

Quando o presidente da República ou os ministros de estado se deslocam, os batedores da polícia fecham as ruas – não importa o tamanho ou a importância da via para o trânsito – para que os digníssimos possam passar. Vale tudo para furar o congestionamento que atormenta os outros 6 milhões de almas: contra-mão, alta velocidade, furar sinal. Só exemplos cabeludos de tudo o que você não deve fazer ao volante.

Todos os outros carros param e ninguém pode se movimentar, sob risco de vida. Outro dia, o motorista de um brasileiro pensou que o cortejo tinha terminado e tentou sair com o carro. Os batedores que vinham atrás arrancaram-no do volante e o espancaram no meio da rua.

É assim, padrinho... Quem tem juízo obedece bem quietinho.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Quer morar em Angola?

Desde o início deste blog, vários amigos escreveram manifestando interesse em mudar para cá. Não se trata de desencorajar ninguém, mas é preciso saber onde se vai desembarcar as esperanças.

Luanda é a cidade mais cara do mundo. Exemplos? Um apartamento de dois quartos podre não sai por menos de 2 mil dólares. Se estiver bem arranjado, 4 mil dólares ao mês. Sem mobília e se for num prédio decadente. Os novos são raríssimos e, quando existem, estão fora da realidade.

Hoje fui ver um quarto-sala-cozinha-americana num edifício recém-construído. O dono quer 10 mil dólares ao mês de aluguel. E ainda tens de pagar um ano adiantado. Parece loucura e é. Mas é o mercado imobiliário de Luanda.

Portanto, não se iludam: quem lhe oferece o emprego em Angola tem de lhe garantir a casa.

Além disso, o caos urbano é uma realidade concreta. Imaginem a Saara (cariocas) ou a 25 de Março (paulistas) no dia 20 de dezembro, na hora do almoço, com o calor de 32 graus. Agora esburaquem as calçadas, encham o passeio de lixo e o ar de poeira. Esse é o dia-a-dia de 70% das ruas e avenidas de Luanda.

Por isso, quem lhe oferece o emprego, tem de lhe garantir, além da casa, o transporte.

Eu sei que você deve estar pensando: “ele está exagerando”. Eu também pensava isso quando lia blogs e comunidades do Orkut antes de me mudar para cá.

quinta-feira, 13 de março de 2008

São Paulo de Luanda

Luanda nasceu no mesmo dia em que São Paulo, 25 de janeiro, só que 21 anos depois. Por isso os portugueses a batizaram, em 1575, como São Paulo de Luanda. O nome não poderia ser mais apropriado. Como a metrópole brasileira, a capital angolana sofre com a superpopulação e com o excesso de carros. Por mais difícil que lhe possa parecer, acredite: aqui o trânsito é muito, mas muito pior que o da capital paulista.

O problema começa pela ausência de transporte público. Praticamente não existem ônibus oficiais. O serviço é prestado pelos candongueiros – vans pintadas de azul e branco que transitam numa velocidade muito maior do que se poderia esperar do estado de conservação que apresentam. Os candongueiros também são chamados de táxis, porque aqui não existem táxis como nas outras cidades.

A alternativa aos candongueiros são os gira-bairro, ou mini-táxis. Carros particulares pequenos que levam até quatro passageiros por percursos fixos. Paga-se 50 kwanzas (66 centavos de dólar) por pessoa, independentemente do trajeto, tanto nos gira-bairro quanto nos candongueiros.

A quem tem um pouco mais de dinheiro, só resta comprar um carro. E assim, milhares deles tentam circular pelas ruas estreitas da cidade, onde – salvo raras exceções – não existem sinais de trânsito nos cruzamentos.

Não ajuda em nada o péssimo hábito do motorista angolano de estacionar onde lhe dá na telha. A desculpa, de que não há parques (como eles chamam o estacionamento) suficientes, é genuína. Mas não justifica as filas duplas atrás dos carros em 45 graus, tornando as ruas ainda mais estreitas e fechando as calçadas, o que obriga os pedestres e disputar espaço com os veículos no asfalto.

Para piorar tudo, a cidade está em obras. Numa olhada rápida a partir da ilha, consegui contar 12 gruas gigantescas de guindastes. Isso significa ruas interditadas e sem calçada.

O resultado desse caldeirão: ninguém se desloca de carro em Luanda sem gastar, no mínimo, 45 minutos entre um ponto e outro. Isso se os sítios forem bem próximos, que fique bem entendido. Os moradores de Luanda Sul, o novo bairro de condomínios fechados construído ao sul da capital, levam diariamente duas horas para cobrir os poucos mais de 20 quilômetros até o centro. Contados no relógio.

É de causar inveja a São Paulo.