terça-feira, 26 de julho de 2011

1 criança morre a cada 15 minutos

Hoje o blog abre espaço para falar de um assunto muito mais importante do que os costumeiros posts relacionados ao dia a dia em Angola.

Uma catástrofe natural está matando milhares de pessoas na África. A seca que castiga o leste da Áfricas está matando uma criança a cada 15 minutos.

A Somália é o país mais afetado e milhares de refugiados tem emigrado pelo deserto para os campos de ajuda humanitária no Kenia.

Infelizmente, esses refúgios não estão dando conta de atendar a tanta procura e pedem ajuda urgentemente.

Os países desenvolvidos se prontificaram a ajudar, mas o dinheiro não chega, e enquanto não chega mais uma criança morre.

Se você assim como eu se sensibiliza com o sofrimento de tantas crianças inocentes e não sabe como ajudar, ou mesmo tem medo que a sua ajuda caia em mãos oportunistas a ONU, por meio da sua agência de ajuda para refugiados tem um site para receber doações.

Clique aqui para acessar o site da UNHCR

É rápido, fácil e seguro, basta ter um cartão de crédito, as doações podem ser programadas para serem feitas mensalmente ou individual.

Não importa o valor, por menor que seja a quantia é uma ajuda válida.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O Elinga volta a se agitar...


A Mano a Mano Produções tem a honra de convidá-la (lo) a inaguração da ExposiçãoMAMÁFRICA do artista (mangop)Marco Kabenda a ter lugar no Centro Cultural Elinga, sexta-feira dia 19 de Maio às 22h30.

Esta exposição que tem como objectivo saudar o 25 de Maio, Dia de África, conta com o patrocínio do Colecionador Nuno Pimentel e ainda com os apoios da Associação Elinga Teatro, Print Lab, Atlafina e do Movimento>>X.

O pintor vai exibir nesta exposição 12 telas, sob a tecnica de impressão (serigrafia).

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sabado teve reunião de condomínio em SP


Depois de quase um ano, a malta formada por X., Branquela de Angola, Ju, Candogueiro e o leitor AM juntou-se na casa da Ju para um almoço em grande, que durou toda uma tarde e acabou-se ao sabor dos brigadeiros que só tem na rua da Ju.

Luanda, como sempre, em nossos corações e saudades.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Estariam ascendendo um estopim?

Desde que os levantes no mundo árabe começaram que muitos se perguntam quando os mesmos chegarão a Angola. Agora o movimento ganha a internet e tem até data para acontecer.
Um site que eu não vou mencionar, pq não faço apologia ao crime, convoca os angolanos a irem a rua com data e hora marcados. O governos já deixou claro em comunicado em rádio e tv que se isso acontecer eles tomaram as medidas necessários amparados na lei e na constituição.
O alto comando alertou que, nestas circunstâncias podem ser tomadas medidas sérias, porque o poder não pode estar nas ruas.
Enquanto isso, o boato se espalha pela internet com textos que deixam claro que quem escreveu não é angolano e com certeza nunca esteve numa guerra e tão pouco corre o risco de ter o seu precioso sangue derramado pelas ruas.
Angola tem sim seus problemas, mas só quem não está aqui pode querer colocar o povo na rua contra o exército mais bem armado de toda a África.
Uma democracia se constrói na urna. E é lá que o povo vai dizer se aprova ou desaprova o que o governo faz. As últimas eleições foram em 2008 e as próximas serão em 2012, não faz o menor sentido colocar vidas em risco, fazer o povo sofrer mais do que já sofreu em 30 anos de guerra e ainda continua sofrendo.
Rezo para que o povo não caia nessa armadilha e que continue lutando de forma democrática para melhorar essa terra tão linda.

Xica da Silva

Lembro de ter visto Xica da Silva, uma das melhores novelas brasileiras, em Luanda. Incrível comos os angolanos gostam desta história da escrava que, no século 17, conquistou um contratador de minas português a ponto dele fazer dela uma rainha. Xica foi a Rainha do Tejuco, exigiu e conseguiu que o contratador construísse um lago no meio de Minas Gerais e nele pusesse um barco só para ela sentir a sensação de navegar no mar. Ademais, cobriu-se com os maiores diamantes do Brasil. Infelizmente, acabou sozinha, pois o contratador casou-se com a terrível Violante e foi com ela viver pra Lisboa. Xica era uma escrava vinda de Benguela. No vídeo, a abertura original, quando a novela foi exibida pela rede Manchete. A atriz Thaiz Araujo é retratada como a Virgem da Porciuncula, um entalhe pintado pelo mestre Ataíde no teto da igreja de São Francisco, em Ouro Preto. Na época o mundo veio abaixo com a releitura de obra tão sagrada. Marcou época. Viva Xica da Silva.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Por onde começaríamos a visita?


Angola prevê maior movimentação de turistas em 2011

Luanda – De acordo com o Ministério do Planeamento angolano, o país vai registar em 2011 um movimento de 479 345 turistas.

Os números constam do relatório do Ministério do Planeamento sobre o Plano Nacional 2011-2012, apresentado esta semana no Seminário Nacional sobre Sistema de Planeamento, Sistema Estatístico Nacional e Orçamento Geral do Estado (OGE).

O relatório avança que para este ano está previsto um incremento de 82 mil visitantes, ou seja, em 2010 visitaram Angola 397 904 turistas, já em 2009 o número de visitantes foi 365 784 e em 2008 ainda menos, 294 258 turistas.

África surge na quarta posição, com 48 127 visitantes, quando se compara o número de turistas nos vários continentes. Em primeiro lugar surge a Europa e à frente do continente africano estão ainda a América e a Ásia.

O Executivo angolano prevê criar, para o ano em curso, um plano estratégico de marketing e promoção para o turismo, que visa a divulgação das potencialidades turísticas que do país.

(c) PNN Portuguese News Network


Comentário do X: Tem coisas neste texto que não dá para não comentar:

1) como chegam a esse número: 479 345? E se for 344 ou 346?

2) A sério que este número todo de pessoas foram fazer turismo? Ficaram em que hotel? Andaram em que táxi? Comeram em que restaurante?

3) Definitivamente, não nos acostumamos, do lado de cá, com a palavra "planeamento".

sábado, 22 de janeiro de 2011

Por pouco, Angola não deixou de falar português

O ex-presidente brasileiro José Sarney (85-90) escreveu este artigo na semana passada, publicado em vários jornais do país. Chamou-se a atencão este pormenor relativo à Angola. Seria isto mesmo, leitores da Casa de Luanda? Polêmica a opinião, ao meu ver.


JOSÉ SARNEY

Língua e ferrovia

Quando, em 1988, visitei Angola e conversei bastante com o presidente José Eduardo dos Santos, a guerra civil estava num dos seus piores momentos. Falamos, sobretudo, sobre o modelo atrasado e retrógrado da administração portuguesa. O presidente angolano pensava em fortificar e desenvolver as línguas tribais com o objetivo de extirpar o português. Fi-lo ver que a nossa experiência fora diferente. Aqui o português matou os dialetos, sobrepôs-se ao nheengatu, a língua geral, e serviu para consolidar a unidade nacional.
Assim, dizia eu ao presidente angolano, se os portugueses pouco deixaram em Angola, deixaram a língua, que a nova nação deveria utilizar para tirar todos os proveitos políticos, a unidade nacional e como instrumento para a educação e inserção no mundo com seus 400 milhões de falantes de português.

Helmut Schmidt dizia-me, há alguns anos, que o grande país que ia surgir na Ásia era a Índia, e não a China. Os ingleses tinham deixado na Índia o inglês, língua universal, e os chineses teriam que vencer a barreira da língua, com a dificuldade adicional dos ideogramas. A Índia tinha essa vantagem competitiva, que já pesava com os milhões de indianos falando inglês e ensinando em todo o mundo e com empregos disponíveis e facilitados em todo lugar.
O exemplo maior eram os "call centers", montados na Índia com preços baixíssimos e dominando os mercados, à frente o americano.
Aventurei-me a acrescentar outra dívida com os ingleses, a rede ferroviária gigantesca que eles, colonizadores, implantaram no vasto território indiano e que até hoje é a base de circulação da riqueza na região. A Índia tem hoje 81 mil quilômetros de ferrovias. Tinham eles à sua disposição o pioneirismo inglês dos caminhos de ferro, a fabricação de toda a linha técnica, desde a locomotiva, passando pelos trilhos, até a porca inglesa que aprisionava os usuários para sempre na conservação e na expansão das linhas.
O Brasil, inacreditável barreira na circulação da produção nacional, tinha 40 mil quilômetros há 40 anos e em vez de crescermos, regredimos para 29 mil. E, quando eu quis fazer a ferrovia Norte-Sul, foi uma reação brutal, principalmente dos setores paulistas, usufrutuários do modelo rodoviário que é o maior responsável pela poluição. Esse é um grande desafio.
Tivemos três presidentes com preocupação ferroviária. Eu, modéstia à parte, Geisel (ferrovia do Aço) e Lula. Dilma tem esse desafio pela frente na construção da estrutura e, ao que tudo indica, será uma presidente ferroviária. Afinal, independentemente da língua, as ferrovias são essenciais. Foi o trem o transporte do passado e será o do futuro.