terça-feira, 25 de maio de 2010

Voltando ao mundo ... lentamente

Foi tão bom sentir a Casa a mexer outra vez !!! A alegria que senti ontem quando cá vim e encontrei tantos posts que me deliciaram. Umas vezes com um sorriso outras com uma lágrima no canto do olho. Senti saudades do kota Baião, é inevitável, esta Casa também era dele.
Claro que o mérito é do x de por a Casa a mexer, mas foi tão bom ler a Migas, eu sempre disse que ela tinha um "quê" inato para contar histórias, não sei como ela é na cozinha, mas graça no escrever, ela tem. E o F..., que bom também encontrá-lo aqui, mesmo dizendo que não volta, e voltando sempre, como um dia voltará, de certeza, a Luanda.

Não vim cá substituir o meu pai, não quero e mesmo que quisesse não conseguia, porque como disse um amigo meu, ele era irrepetível. Mas escrevo agradecendo o ontem ter ganho coragem de ir ler alguns emails enviados por ele, que a rapidez da doença não me tinha deixado tempo para ler, estavam a bold, aquele bold que diz que ainda ninguém os abriu.
A coragem de ir procurar o email enviado com o último livro que ele escreveu e nunca editou, e abrir os textos. Na primeira página o parágrafo:
"As pessoas não são eternas, nem insubstituíveis e mais tarde, ou, mais cedo, será inevitável o seu desaparecimento físico"
Quando ele estava no hospital, em coma, nos últimos dias, lembrei-me desse livro, lembrei-me que o tinha algures na minha inbox, e imediatamente pensei, um dia tenho que o publicar, nunca o tinha lido, até ontem.

Os textos estão terminados, não sei se ele em revisão iria alterar alguma coisa, mas sei que o vou editar, com a vossa ajuda, com a ajuda de todos que gostavam do meu pai, em jeito de homenagem, vou publicar.

Tamos juntos.
Kandandú

4 comentários:

Menina de Angola disse...

Kianda querida, bom saber que devagar e sempre vc recomeca!!! Venha no seu ritmo sem pressa, mas com a certeza que os amigos, mesmo que virtuais, te aguardam.

um beijo grande e muita força

X disse...

Kianda,
Não te conheço pessoalmente, mas é como se...ao abraçar o teu pai, no Hotel Fasano, fi-lo o mesmo consigo, menina bonita. Já passei por essa dor que agora vc passa e o bom eh que depois só ficam as boas lembranças. Que venha o novo livro do Baião para nosso deleite, e venha lançar no Brasil - tô começando a achar que Angola só está dando oiças a Portugal agora e o ciúmes começa a crexxxssscer.
beijos

Migas disse...

Kianda, também sinto falta do FBaião aqui no blog. Ele sempre foi muito participativo. E um dia destes escrevo um post a explicar porque decidi voltar a escrever. :o)

E um beijo grande.

Migas disse...

Ah, e já agora, se bem me recordo, este é o teu segundo post aqui! Toca a acompanhar-nos mais! É bom ter-te cá :o)