sexta-feira, 27 de junho de 2008

As primeiras eleições gerais no nosso país, em 1992,trouxeram o multipartidarismo, uma oposição legalizada, às claras, jornais e rádios privados, falando de tudo e todos com um grande à vontade. Ás vezes, os do poder, não entendem o que é a liberdade, felizmente, não são todos, são a excepção para confirmar a regra. No entanto, nas províncias, realmente, a palavra liberdade ainda não consta nos compêndios da maioria dos nguvulus(governadores) lá do sítio.
Tem-se cometido erros, mas quem não erra, até dizem que errar é humano. Mas, aqui para nós, em kaxexe, sem que ninguém nos ouça, a verdade é que temos errado bwé. Também, a oposição que estamos com ela, entra na Assembleia, muda, e sai calada, a sua maior preocupação são os seus salários e a marca dos carros, para já não falar dos subsídios chorudos que recebem. Para que haja mudança é preciso debate de ideias, campanhas a favor da resolução dos problemas do Povo, de quem tanto falam e não fazem nada. O fosso entre ricos e pobres é cada vez maior no mundo, então em Angola, o buraco é tão grande, "que nem me fales", dizia o meu parente de Malanje, "vai de Cabinda ao Cunene".

Um comentário:

F. disse...

O risco é esse fosso entre ricos e pobre se transformar numa trincheira da violência urbana desenfreada, como aconteceu no Brasil. Angola ainda não chegou a esse ponto e precisa perceber a importância de corrigir o caminho. Porque depois que a trincheira estiver cavada, é muito mais difícil de fechá-la.