Quando a adolescência chegou, Nina sentia-se indesejada e desrespeitada na casa dos tios. Trabalhava como empregada sem salário e era proibida de ir à escola. Decidiu ir viver com o avô no bairro do Kalemba, em Luanda. Tinha 16 anos.
No Kalemba apanhou uma gripe e foi ao posto de saúde se tratar. Lá o médico recomendou algumas injeções e foi assim que conheceu seu marido.
- O Dioli estudava para enfermeiro e fazia a prática lá. O conheci quando preparava as picas que eu tinha de apanhar. Todos os dias eu voltava e era ela quem me injetava. Fomos ficando amigos e começamos a namorar.
A gravidez foi uma questão de tempo e ela mesma admite que viu, na barriga, uma fuga para a situação na casa dos tios.
- Quando apanhei meu primeiro filho, fui morar na casa dos pais do Dioli, na Samba. Eles me queriam muito bem, me tratavam como uma filha e davam amor ao neto. O problema era o Dioli, que não ligava muito pra gente. Ele continuava a viver na Kalemba e eu na casa dos pais dele.
Dioli vivia distante, mas ainda assim Nina engravidou do segundo filho, antes que se separassem de vez.
- O problema é que ele quer curtir, desbundar, arrumar mulheres. Não ajuda em nada com o sustento das crianças, está sempre a aldrabar, dizer que vai ajudar, mas que nada. Eu é que seguro tudo sozinha.
Dioli hoje é taxista. Ele e Nina não se dão bem. Os filhos raramente vêem os pais.
Amanhã: com o fim do casamento, Nina tem de deixar a casa dos sogros.
Uma bailarina de peso
Há 5 dias
2 comentários:
e eu preso aos episódios.
saudações
http://coresemtonsdecinza.blogspot.com
A maioria dos homens angolanos são assim. Sinceramente eu não sei como eles conseguem. No Brasil vemos muitos casos, mas aqui atinge todas as idades, classes sociais e cores!
PORCOS MACHISTAS
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