sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Duas Sumbes

Banco na beira da praia, ideal para relaxar tomando uma brisa fresca
Ela é uma capital de província com jeitão de cidadezinha do interior. As ruas são seguras, apesar de escuras à noite, e não há trânsito pesado. Ninguém tem água encanada. Todos são abastecidos por caminhões que enchem seus tanques diretamente no rio. Não se sabe quantos habitantes tem, mas não podem ser muitos, pelo menos na Sumbe colonial. Sim, porque existem duas Sumbes no Kwanza Sul.

O parque dos Namorados, na descida do morro...
...que separa a cidade da praia

Uma é formada pelas antigas construções deixadas pelos portugueses, muito bonitas e bem cuidadas, mas em número reduzido.
A sede do governo provincial, de frente para o mar
Ruas limpas e tranquilas, sem trânsito, típicas das cidades pequenas
Os fundos do governo provincial, a partir do morro que separa a praia do resto da cidade

Estão lá, na marginal com um calçadão repleto de palmeiras, onde ficam três bons (e um decadente) restaurantes, e no centro que vem passando por renovação.
Árvores com flores à beira-mar...
A marginal ladeada por palmeiras...
A entrada de um dos restaurantes fiches da marginal
Existem quatro opções de hotel e, como no resto de Angola (com exceção de Lobito), nada tão excepcional em termos de qualidade, apesar dos preços serem compatíveis com os das melhores redes hoteleiras internacionais. Uma noite em qualquer um dos quatro hotéis do Sumbe custa USD 150.
O Ritz Hotel: preço de cidade grande
A praia é mesmo bonita, a cor do mar no fim de tarde é impagável. Mas nem todos têm coragem de se aventurar nesse azul profundo, porque também não existem redes de esgoto em Sumbe, então, parece que a água é meio suja. Não posso afirmar, porque decidi ser cauteloso.
A praia é fiche, mas há dúvidas sobre a qualidade da água
Tomar sol é tranquilo, o problema é entrar na água depois

A outra Sumbe é a que mora nas casas de tijolos marrons, feitos da terra local e que se confunde com as montanhas em que está encarrapitada. É mais frenética do que a Sumbe dos cartões postais, mas como é da mesma cor da montanha, se confunde com a paisagem.



As casa feitas de tijolos de barro já viraram paisagem

5 comentários:

Afonso Loureiro disse...

Ao contrário de Luanda, os monumentos e a memória do passado colonial não foram apagados. Ainda existem, e vão sendo conservados...

Flávia da Costa disse...

Estas fotos geram uma vontade louca de sair correndo de Luanda! As provincias sao lindas mesmo!
Beijos!

Anônimo disse...

Fotos linda, mostram uma Angola diferente e bonita, distante dos destroços da guerra.
chr

Anônimo disse...

Eu não tenho a certeza de como será, mas achei piada Sumbe ser feminina, eu digo "O" Sumbe. Tb acho a marginal e a praia muito bonitas e nada como a paz da província, ne´?!

Migas disse...

O colorido das fotos é lindo! Bem diferente de algumas que tiramos em Luanda. E o mar, tem um azul que apetece dar um mergulho! :o)

Curiosamente, também digo "o Sumbe". Mas também desconheço qual é a forma correcta. Só um reparo, escreve-se "fixe" e não "fiche"... eh eh eh É melhor trocar por bacana ou beleza, amigos brasileiros?! :P

Beijo a todos