Pegamos um dos carros compartilhados que percorrem a Ilha de Luanda. Junto de nós entram duas meninas dos cabelos trançadinhos e uniforme da escola primária. Cheias de risadinhas e cochichos por estarem andando com dois pulas (como eles chamam os gringos como nós):
-São brasileiros?
-Somos sim.
-São amigos da Débora?
-Hmmm... Que Débora?
-A Débora, brasileira...
Tentamos lembrar o nome de todos os brasileiros que já conhecemos por aqui. Mas não, não há nenhuma Débora.
-Ela mora aqui na ilha?, perguntamos.
-Não... Ela mora no Rio de Janeiro. Eu vi na televisão, na novela.
A ficha cai mais rápido para o F., noveleiro:
-Ah, já sei... Ela teve um filho, não?
-Isso... Na Duas Caras. Estou a ver novela, estou a ver videoshow...
-São brasileiros?
-Somos sim.
-São amigos da Débora?
-Hmmm... Que Débora?
-A Débora, brasileira...
Tentamos lembrar o nome de todos os brasileiros que já conhecemos por aqui. Mas não, não há nenhuma Débora.
-Ela mora aqui na ilha?, perguntamos.
-Não... Ela mora no Rio de Janeiro. Eu vi na televisão, na novela.
A ficha cai mais rápido para o F., noveleiro:
-Ah, já sei... Ela teve um filho, não?
-Isso... Na Duas Caras. Estou a ver novela, estou a ver videoshow...
-Bem, morávamos na mesma cidade. Mas a Débora (Falabella), anda pouco pela rua. É muito famosa. Também só a vemos pela TV...
Um comentário:
A mídia, o grande poder resultante da tecnologia. Para o bem e para o mal. Um dia, a consciência humana aprenderá a usá-la para o bem.
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