"Era uma vez, um rei e uma rainha que viviam num castelo. O rei, conheceu a rainha, quando visitava um serviço público do seu reino. Ficou impressionado com a beleza da donzela e sempre que podia passava por lá. Começou a gostar dela e resolveu que seria a sua princesa. Namoraram, fizeram filhos, mas continuava cada um no seu cantinho. Um dia, o rei decidiu assumir a relação e fez dela a sua rainha. Festa no palácio, tudo florido, muita música. Mas, a paixão desapareceu, ficou o amor, e mesmo este, virou rotina. O rei já não olhava para a sua rainha com olhos de ver e esta começou a ser cortejada por vários cavaleiros do reino.Era muito bonita, alta, com presença mesmo de rainha. Ainda procurou que o rei se interessasse por ela como mulher, mas aquele olhava mais para as outras, galanteava as suas súbditas. As flores começaram a murchar, a relva surgiu seca, a alegria, o riso, a harmonia começou a desaparecer do palácio. Um dia, a rainha fartou-se, enamorou-se de um dos cavaleiros e foi embora. Foi um choque, no reino, o rei ficou muito abalado, as opiniões dividiam-se, uns diziam, como é possível fazer isso a um rei que fez dela uma rainha, dava-lhe tudo o que precisava, mas outros, afirmavam, as coisas materiais não são tudo na vida de uma pessoa, o coração dela pedia mais.
O rei não se conformava, fazia tudo para se vingar, mandava os seus pagens com cartas de ameaça em vez de missivas de perdão, estava a perdê-la cada vez mais, quando o que queria era reconquistá-la. Só quando viu que já a tinha perdido para sempre, é que despertou para a realidade da sua situação.O amor por ela era mais forte que o seu reinado e o facto de ser rei não lhe dava o direito de tratar a sua rainha como se fosse uma qualquer, era também, a mãe dos seus filhos. O rei ficou sozinho, todas as noites ao deitar olhava para o lado e não via a sua rainha, acordava, estendia o braço e encontrava um vazio. O sofrimento era o castigo de ser intolerante, não ter dado o valor que devia à sua rainha. Ás vezes, ainda pensa que o tempo apaga tudo e que a sua rainha vai voltar, mas o seu tempo já não é longo e a impaciência tolda-lhe o raciocínio. Fica na janela do seu palácio olhando o horizonte e chorando o seu amor, a dor no seu coração não se vai embora e a imagem da sua rainha o acompanha para sempre. É um castigo muito forte para quem gosta tanto de uma pessoa. Tem a esperança que melhores dias virão, tenta mudar esses seu gostar tanto, por uma amizade ainda mais forte. Seria de certeza menos penalizante, a dor não seria tão dura de sofrer, o coração deixaria de chorar e a amizade limparia as suas lágrimas"
P.S.:Não é uma estória com um final feliz, mas quem sabe, se não virá um outro narrador, que resolva modificar esse fim.
Uma bailarina de peso
Há 5 dias
Um comentário:
Os reis tem que ter mais cuidado quando escolhem as suas rainhas, nunca elas podendo ser encontradas em servicos publicos, mas sim nos jogos olimpicos, festas de caridade, biblioteca ...Todo o cuidado é, pois afinal o seu povo espera dele atitutes coerentes como saber escolher, tratar bem as donzelas e saber pedir perdao na altura certa...por fim como diz uma amiga minha..quem nasceu para lagartixa não pode ter pretensões a ser jacaré...tem gente q nunca nunca poderá ter aspirações a rainha..se calhar a do relato era uma dessas....
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