Ilha do Cabo, Luanda . Foto de Greg Salibian
Cota 50 era o único angolano naquele encontro de brasileiros e deu o tom do que sentia, assim que me cumprimentou, com o seguinte relato:
– Quando eu era prisioneiro dos portugueses, durante a guerra colonial, o que eu mais sofria era com as despedidas. Os soldados vinham do Tuga fazer a tropa aqui, nós formávamos grandes amizades, mas depois de um ano eles voltavam deixando uma saudades do caraças.
Aquela reunião era a despedida de um grande amigo não só do Cota, mas de todos nós. Enquanto escrevo este texto, o fotógrafo Greg Salibian atravessa o Atlântico com destino ao Rio. Bilhete só de ida.
Quando o assaltaram há duas semanas, os gatunos levaram, junto com lentes e flashes, a liberdade de Greg trabalhar. A empresa que o contratou considerou importar equipamento novo dos Estados Unidos, mas isso demoraria mais do que o tempo que Greg ainda tinha para ficar em Angola. Seu contrato era de três meses e terminaria em novembro.
Assim, decidiram indenizá-lo em dinheiro, pagar o mês que faltava, e lhe dar o bilhete de volta mais cedo. Um final feliz para o caso do assalto, mas triste para todos os que com ele conviviam por aqui. Em apenas dois meses, Greg aprendeu a enxergar uma beleza angolana que a maioria de nós leva muito mais tempo para perceber.
Em homenagem, esta Casa realizará esta semana uma exposição de imagens que ele deixou antes de partir. E continuará, claro, com as portas abertas para que ele continue a publicar, sempre que quiser, as saudades que vai sentir de Angola.
– Quando eu era prisioneiro dos portugueses, durante a guerra colonial, o que eu mais sofria era com as despedidas. Os soldados vinham do Tuga fazer a tropa aqui, nós formávamos grandes amizades, mas depois de um ano eles voltavam deixando uma saudades do caraças.
Aquela reunião era a despedida de um grande amigo não só do Cota, mas de todos nós. Enquanto escrevo este texto, o fotógrafo Greg Salibian atravessa o Atlântico com destino ao Rio. Bilhete só de ida.
Quando o assaltaram há duas semanas, os gatunos levaram, junto com lentes e flashes, a liberdade de Greg trabalhar. A empresa que o contratou considerou importar equipamento novo dos Estados Unidos, mas isso demoraria mais do que o tempo que Greg ainda tinha para ficar em Angola. Seu contrato era de três meses e terminaria em novembro.
Assim, decidiram indenizá-lo em dinheiro, pagar o mês que faltava, e lhe dar o bilhete de volta mais cedo. Um final feliz para o caso do assalto, mas triste para todos os que com ele conviviam por aqui. Em apenas dois meses, Greg aprendeu a enxergar uma beleza angolana que a maioria de nós leva muito mais tempo para perceber.
Em homenagem, esta Casa realizará esta semana uma exposição de imagens que ele deixou antes de partir. E continuará, claro, com as portas abertas para que ele continue a publicar, sempre que quiser, as saudades que vai sentir de Angola.
4 comentários:
Não fui à essa despedida, tampouco atendi aos chamados telefônicos vindo de lá, pois sei que foi muito triste ver o querido Greg partir.
Tiraram um rebuçado da boca de uma criança, foi isso, em resumo. Greg ama Angola, como todos nós.
Sexta feira vou encontrar-me com aquele baixinho em São Paulo e levarei tod'Angola para abracá-lo também.
Greg, Luanda está contigo, sempre!
X.
Infelizmente há casos assim. Breves passagens por Luanda e que trazem mais tarde, um certo amargo, por ter sido assim... Pelo que pude ver, o Greg ia ter muito para contar e mostrar. :o( Discordo do X. (again). Luanda, não esteve com o Greg.
Abraço e continuação de um bom trabalho, Greg!
Poxa, que pena... Boa sorte pro Greg no seu novo desafio! Tudo de bom pra ele e sentirei falta das imagens e textos preciosos... :) Abs. Paty
Ahhhhh não o conheci mas já sinto por não ter tido essa oportunidade.. Pessoa com tamanha sensibilidade nas fotos deve ser maravilhosa para se conviver...
Espero que volte e tenha mais o que mostrar de Angola...
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