Nós poderíamos ter nos conhecido em alguma recepção da Embaixada Brasileira ou em alguma festa de expatriados, mas fomos nos conhecer no lugar mais improvável: a Direcção de Viação e Trânsito.
A F. (não confundir comigo, o F.) havia chegado um pouco depois de nós a Luanda. Ainda não tinha casa, nem a companhia do A., que estava terminando alguns trabalhos no Brasil antes de se mudar. Mas, principalmente, não tinha a carteira de condução angolana, o que permitiu que nos conhecêssemos.
Ela também estava lá na noite do linguado de guerra, com o A. recém-chegado a Luanda. E pouco tempo depois eles abriram as portas da casa deles para nos receber, a mim e a P., como já contei aqui.
Ficamos lá hospedados por duas semanas, mas eles nunca mais se livraram de nós nos almoços e jantares e festas e passeios a Cabo Ledo e cantorias nas tardes de domingo. Nem na Namíbia, por onde viajamos no ano novo e onde tirei a foto que ilustra este post.
Foi a F. quem primeiro começou a sofrer a nossa partida, ainda em novembro, quando nem nós pensávamos nisso. E foi ela quem melhor classificou minha tagarelice, com um adjetivo que a P. usa à solta agora: comunicativo. (Não se preocupe, eu sei que era um elogio.)
Amiga, por agora nos distanciaremos no mapa, mas você sabe, estaremos sempre por perto. Para os dias difíceis que o futuro possa nos reservar, mas também para os momentos alegres que ainda vamos viver, como aqueles da nossa viagem à Namíbia. Afinal, nossos futuros filhos terão de crescer juntos, lembra? Já tínhamos decidido isso por eles... ;-)
2 comentários:
A partida de vocês deixou Luanda ainda mais triste... Vamos ter que aprender a viver sem F e P ao nosso lado. Não será fácil.
Saudades sempre,
da F.
É verdade.
E eu preciso voltar logo para Luanda, pois morro de saudades do meu amor!
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