Para entender essa guerra é preciso mergulhar na sopa de siglas que inundou o país no início dos anos 60, quando vários movimentos angolanos começaram a pedir a independência.
Ao norte, Holden Roberto fundou a Frente Nacional de Libertação de Angola, FNLA, em 1961. Defendia a supremacia de seu grupo étnico, os Bakongo.
Mais ou menos na mesma época, estudantes angolanos no exílio, principalmente em Portugal, fundaram o Movimento Popular de Libertação de Angola, o MPLA, liderados por Antônio Agostinho Neto e Viriato da Cruz. Embora tivesse maioria da etnia Kimbundo, era o mais universalista nessa questão, com uma visão de Angola como uma nação única.
O MPLA tinha inclinações marxistas, era financiado pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, com apoio de Cuba, o que o impediu de conciliar-se com a FNLA, financiada pelos Estados Unidos e por Israel, além do Zaire.
Em 1966, dissidentes da FNLA fundaram a Unita, União Nacional pela Independência Total de Angola, liderada por Jonas Savimbi. Diziam-se maoístas, depois marxista-leninistas, mas acabaram entrando na guerra civil financiados pelos Estados Unidos e pela África do Sul. Savimbi era Umbundo e também tinha inclinações racistas contra as outras etnias.
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