
Sim, Luanda por enquanto chega aos meus olhos embaçada pela poeira. Chega coberta de lixo e esgoto, porque é deles que desvio todos os dias para chegar ao trabalho. Chega marcada de guerra, porque mãos empunhadas de fuzis escoltam as calçadas por onde passo. Chega cheia de contradições porque Toyotas e Kandongueiros dividem minhas boléias. Chega bem mal-explicada, porque quando eu pergunto as vozes calam.
Mas chega também com a força e o colorido das flores. As flores que nascem ousadas atrás da poeira, ao lado do lixo e do esgoto, e dão vida às ruas com suas roupas estampadas. Carregam sobre a cabeça grandes pétalas de plástico recheadas de frutas. Não se curvam sob o sol ardente, não esperam acontecer. Seguem “caminhando e cantando”, (e os brasileiros sabem o que estou cantando...).
Arranjam-se em pequenos buquês nas esquinas, ensinando à Luanda o espírito de iniciativa e coletividade de que ela tanto necessita. Logo nas primeiras semanas vi um desses buquês em ciranda, com flores ensinando outras flores a ler e escrever. “Aprendendo e ensinando uma nova lição”. Lição que, espero, sigam ensinando aos irmãos que, equivocados, insistem que sábio é esperar.
Vim para Angola regar flores. E faço delas meu mais forte refrão.
Mas chega também com a força e o colorido das flores. As flores que nascem ousadas atrás da poeira, ao lado do lixo e do esgoto, e dão vida às ruas com suas roupas estampadas. Carregam sobre a cabeça grandes pétalas de plástico recheadas de frutas. Não se curvam sob o sol ardente, não esperam acontecer. Seguem “caminhando e cantando”, (e os brasileiros sabem o que estou cantando...).
Arranjam-se em pequenos buquês nas esquinas, ensinando à Luanda o espírito de iniciativa e coletividade de que ela tanto necessita. Logo nas primeiras semanas vi um desses buquês em ciranda, com flores ensinando outras flores a ler e escrever. “Aprendendo e ensinando uma nova lição”. Lição que, espero, sigam ensinando aos irmãos que, equivocados, insistem que sábio é esperar.
Vim para Angola regar flores. E faço delas meu mais forte refrão.
6 comentários:
Querida P,
Obrigada por me fazer lembrar destas flores tão maravilhosa! Obrigada pelas suas palavras tão ricas!
Bjs!
Cheguei até aqui através do blog Migas com Gindungo, e vou continuar a passar por cá, para saber noticias de um país que me deixou tantas saudades. Acredito que apesar de uma ou outra opinião negativa que li por aqui, este blog é uma mais valia para divulgar a Luanda de hoje pelo mundo. E porque a liberdade de expressão é um direito, espero que continue. Bjs de Portugal
Cada dia que passa mais me orgulho dessa flor que gerei. Beijão da mãezinha.
Que texto lindo!
Celina
querida, estou mooooorrrrreeeendo de saudades de vocês. O Ig tb. Andei meio sumida, trabalhando muito. Mas agora estamos em caso, lendo seus textos e do F. para tenatrmos encurtar um pouco a distância. Ainda não tivemos coragem de voltar O RJ...
Esse texto reflet ebm quem você é, uma verdadeira jardineira. Um beijo grande, Si
Querida P.,
Fazia tempo que não passava por aqui e hoje resolvi fazer um apanhado de tudo que deixei de ler e fiquei muito contente em saber que, apesar dos pesares, tudo caminha bem com vcs. Um dia, quem sabe, vou ter a coragem de experienciar algo tão grandioso. Sucesso sempre pra vcs! Beijo com carinho, Carol (Arte)
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